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Nutrição Enteral (Alimentação por Sonda)

O que é Nutrição Enteral?

Durante o tratamento e a recuperação do câncer, os pacientes podem não conseguir obter todas as calorias e nutrientes necessários pela boca. A alimentação por sonda, ou nutrição enteral, fornece nutrição em forma líquida ou de fórmula através de um tubo colocado no estômago ou intestino. Alguns medicamentos também podem ser administrados através da sonda de alimentação.

Geralmente, há duas maneiras de colocar as sondas de alimentação:

  1. Através do nariz (não-cirúrgico)
  2. Através de um pequeno corte ou incisão no abdômen (cirúrgico)

As sondas de alimentação mais comuns incluem sondas nasogástricas (sondas NG) e sondas de gastrostomia (sondas G). No entanto, há vários tipos de sondas de alimentação com base em como e onde elas são colocadas no sistema digestivo.

Às vezes, um paciente simplesmente não consegue receber calorias ou proteínas suficientes pela boca. Isso não é culpa de ninguém. É importante ajudar as crianças a entender que o apoio nutricional não é uma punição. A maioria das crianças se adapta bem a ter uma sonda de alimentação. É importante evitar que a criança toque ou puxe a sonda. Siga as instruções de cuidados com a pele ao redor do local da sonda para evitar irritação ou infecção.

Bebê com câncer sorri com sonda NG visível

Uma sonda nasogástrica é inserida no estômago ou intestino delgado pelo nariz e pela garganta abaixo.

Tipos de Sondas de Alimentação

Uma sonda de alimentação se conecta ao estômago ou intestino delgado. A localização dependerá da capacidade do paciente de tolerar a fórmula e digerir nutrientes. Se possível, a sonda é colocada no estômago para uma digestão mais normal.

Há 5 tipos de sondas de alimentação:

  1. Sonda nasogástrica (sonda NG). Uma sonda NG é inserida dentro do estômago através do nariz. A sonda passa pela garganta, pelo esôfago e para dentro do estômago.
  2. Sonda nasojejunal (sonda NJ). Uma sonda NJ é semelhante a uma sonda NG, mas a sonda continua através do estômago para dentro do intestino delgado.
  3. Sonda de gastrostomia (sonda G). Uma sonda G é inserida através de um pequeno corte na pele. A sonda passa através da parede abdominal e diretamente para o estômago.
  4. Sonda de gastrostomia-jejunostomia (sonda GJ). Uma sonda GJ é inserida no estômago como uma sonda G, mas a sonda passa pelo estômago até o intestino delgado.
  5. Sonda de jejunostomia (sonda J). Uma sonda J usa uma pequena incisão para colocar a sonda de alimentação através da parede abdominal diretamente no intestino delgado.

As sondas de alimentação nasal, incluindo as sondas NG e NJ, são geralmente usadas quando a alimentação por sonda é necessária por um período relativamente curto, geralmente menos de 6 semanas. A sonda se estende para fora de uma narina e é presa à pele usando fita médica. As sondas NG e NJ têm várias vantagens, incluindo menor risco de infecção e facilidade de colocação. No entanto, a sonda deve ser fixada com fita no rosto, e isso pode incomodar algumas crianças. Outras crianças podem ter problemas com as sondas nasais devido à irritação da pele e membranas mucosas devido à quimioterapia.

Sondas colocadas cirurgicamente (sonda G, sonda J, sonda GJ) são usadas por mais tempo ou se uma criança não puder usar uma sonda nasal. A abertura no abdômen onde a sonda é colocada é chamada de estoma. Na parte externa do corpo, os pacientes têm um tubo flexível longo ou um "botão" ou um tubo de baixo perfil. Uma vez cicatrizado, o estoma não deve ser doloroso, e as crianças devem ser capazes de realizar a maioria das suas atividades regulares.

O estoma não deve ser doloroso depois de cicatrizado. As crianças devem ser capazes de realizar a maioria das suas atividades regulares. Nesta foto, uma criança com sonda G caminha ao longo de uma trilha com sua mãe procurando insetos.

O estoma não deve ser doloroso depois de cicatrizado. As crianças devem ser capazes de realizar a maioria das suas atividades regulares.

Efeitos colaterais da alimentação por sonda

Os efeitos colaterais mais comuns da alimentação por sonda são náusea, vômito, cólicas estomacais, diarreia, constipação e distensão abdominal.

Outros possíveis efeitos colaterais podem incluir:

  • Infecção ou irritação onde a sonda está localizada
  • Sonda se movendo para fora da posição ou ficando desalojado
  • Fórmula entrando nos pulmões.

A maioria dos efeitos colaterais pode ser evitada seguindo as instruções de cuidado e alimentação.

Nutrição em crianças com sondas de alimentação

Um nutricionista ou dietista registrado garante que as necessidades nutricionais específicas de uma criança sejam atendidas. Para pacientes com câncer infantil, uma sonda de alimentação é frequentemente usada para complementar o que a criança é capaz de comer pela boca. Outros pacientes podem obter todos os nutrientes de uma sonda de alimentação.

Será prescrita uma fórmula que considere:

  • Calorias
  • Hidratação
  • Carboidratos
  • Gorduras
  • Proteína
  • Vitaminas e minerais

Muitos pacientes podem ser alimentados com fórmulas padrão. Para bebês, o leite materno geralmente é preferido. Outras crianças precisam de fórmulas especiais para condições médicas, como alergias, diabetes ou problemas digestivos.

É importante que as famílias trabalhem em estreita colaboração com seu nutricionista. As necessidades nutricionais podem mudar com base em fatores de saúde e efeitos colaterais, como vômito ou diarreia.

Maneiras de Fornecer Alimentação Enteral

Há três maneiras principais de dar alimentação por sonda: alimentação por bolus, alimentação contínua e alimentação por gravidade.

Alimentação por bolus – na alimentação por bolus, grandes doses de fórmula são fornecidas várias vezes por dia através da sonda de alimentação. Isso é mais semelhante a uma rotina de alimentação normal.

Alimentação contínua – em alimentação contínua, uma bomba eletrônica é usada para dar pequenas quantidades de fórmula durante um período de horas. Algumas crianças podem precisar de alimentação contínua para ajudar a reduzir náusea e vômito.

Alimentação por gravidade – na alimentação por gravidade, uma bolsa de alimentação é colocada em um suporte IV, e uma quantidade definida de fórmula goteja pela sonda a uma velocidade lenta. O tempo varia de acordo com o paciente.

Alimentação enteral em casa

As crianças podem ir para casa com uma sonda de alimentação. A equipe de cuidados garantirá que as famílias saibam como dar alimentação e cuidar da sonda de alimentação. As famílias devem ficar atentos para problemas como:

  • Ganho ou perda de peso
  • Vômito ou diarreia
  • Desidratação
  • Infecção

Os equipamentos e suprimentos que as famílias podem precisar incluem:

  • Fórmula: A maioria das fórmulas já vem pronta para uso. Algumas fórmulas vêm em um pó ou líquido que você mistura com água. 
  • Seringa
  • Tubo flexível adaptador para alimentação (se a criança tiver um botão para alimentação enteral a longo prazo)
  • Bomba de alimentação (se estiver recebendo alimentação contínua)
  • Bolsa de fórmulas com tubos (se estiver recebendo alimentação contínua)
  • Equipo IV (se estiver recebendo alimentação por gravidade)

Lembretes gerais para alimentação enteral em casa:

  • Sempre lave as mãos com sabão e água antes de dar uma refeição.
  • Certifique-se de que a cabeça da criança está posicionada mais alta do que o estômago.
  • Jogue fora qualquer fórmula pronta para alimentar ou preparada que tenha sido aberta e armazenada na geladeira por 24 horas ou mais.
  • Refrigere a fórmula manipulada e descarte após 24 horas.
  • Fórmulas prontas para alimentar não precisam ser refrigeradas.
  • Não deixe a seringa ficar completamente vazia durante a alimentação.
  • Lave a seringa (e o adaptador, se usado) com água morna e sabão para lava-louças após cada uso.
  • Ao dar a nutrição, observe se há sinais de náusea, vômito, inchaço no estômago ou irritabilidade. Se isso acontecer, interrompa a alimentação e chame o médico imediatamente.
  • Verifique a pele ao redor do local de colocação quanto a sinais de irritação ou infecção.


Revisado: Novembro de 2018