Coordenação de cuidados e transferências

A coordenação de cuidados envolve uma série de transições, ou transferências, de um membro da equipe para outro. Transições suaves e comunicação precisa entre os membros da equipe são aspectos importantes do atendimento diário ao paciente.

As transferências às vezes podem ser estressantes e confusas para o paciente e suas famílias. É útil entender quais informações as enfermeiras e outras pessoas compartilham. Alguns hospitais têm procedimentos de transferência específicos para reduzir a chance de erro e melhorar a experiência do paciente.

Transferências de equipes de tratamento

Transições de cuidados, ou transferências, normalmente acontecem quando:

• Um turno de enfermagem termina e outro começa
• O paciente é transferido entre departamentos internos
• O paciente recebe alta para uma unidade externa
• Um médico ou especialista transfere para outro prestador de cuidados

Durante as transições, informações importantes são compartilhadas. Isso garante que o membro da equipe de tratamento seguinte tenha as informações mais recentes.

As informações compartilhadas durante transferências incluem:

• Diagnóstico do paciente
• Sinais vitais
• Medicamentos necessários (horário e instruções)
• Programação de exames e procedimentos
• Resultados de testes e procedimentos
• Plano de tratamento
• Última vez que o paciente comeu ou bebeu
• Alergias a medicamentos e alimentos
• Identificação do guardião legal

Os enfermeiros geralmente fazem perguntas para confirmar as informações várias vezes por dia. Isso pode ser frustrante para pacientes e famílias. No entanto, isso reduz a chance de erros. A comunicação clara e precisa entre os membros da equipe ajuda a manter os pacientes seguros.

Protocolos de transferência

Muitos hospitais têm procedimentos específicos para comunicação durante as transições. Esses protocolos variam de hospital para hospital, mas geralmente incluem alguns elementos-chaves.

• Identificação do paciente: Verificação do nome, idade e data de nascimento para garantir que o tratamento seja dado ao paciente correto.
• Situação de saúde: Considerar o diagnóstico, o plano de tratamento e a avaliação mais recente do prestador ajuda a determinar o melhor procedimento diante de uma necessidade, preocupação ou reclamação.
• Histórico médico: Verificação de sinais vitais, lista de medicamentos, resultados laboratoriais e histórico médico garantem que o atendimento seja consistente com o histórico médico do paciente e com suas necessidades atuais de saúde.
• Preocupações com a segurança: Identificar alergias a alimentos e medicamentos, relatórios de laboratório, fatores sociais e familiares ou outras preocupações ajudam a proteger a saúde e a segurança do paciente.
• Cronograma: O planejamento de programas de atendimento, como quando medicamentos e tratamentos são administrados e em que ordem, garante a sequência adequada de atendimento.
• Responsabilidade: Identificar o membro da equipe de tratamento responsável por ações ou aspectos específicos do atendimento ajuda na coordenação do atendimento.

Algumas situações exigem que os membros da equipe envolvidos nas transferências se identifiquem uns para os outros, incluindo suas funções e cargos.

O que os pacientes e os familiares podem fazer

Pode ser estressante e confuso manter o controle de todas as pessoas envolvidas no cuidado de uma criança. Os cuidadores têm uma responsabilidade adicional porque as crianças não podem defender-se como os adultos.

Há várias maneiras de os pacientes e as famílias ajudarem na coordenação do atendimento. Assumir uma função ativa pode reduzir a preocupação, o estresse e o potencial de erros.

• Familiarize-se com os procedimentos de transferência. Revise o protocolo do hospital. Faça perguntas e conheça os motivos para etapas específicas.
• Entenda o papel de cada membro da equipe de tratamento. Saber quem é responsável pelo quê, e quem pode responder a certas perguntas, pode melhorar o cuidado e reduzir as chances de mal-entendidos.
• Solicite o nome e o cronograma do membro da equipe de tratamento. Isso pode melhorar a comunicação e ajudar as famílias a saber o que esperar.
• Lembre-se de que os membros da equipe de tratamento são humanos. Quando ocorrerem erros, resolva o problema com o profissional de forma respeitosa, mas direta. Se necessário, entre em contato com um supervisor ou defensor de pacientes. Um defensor de pacientes é um profissional do hospital que ajuda os pacientes a se guiar no tratamento e auxilia com as preocupações. Como em qualquer relacionamento, uma boa comunicação é fundamental.
• Participe ativamente das transferências. Alguns hospitais incluem pacientes e famílias no processo. Os familiares podem estar presentes durante as visitas para fazer anotações, fazer perguntas, esclarecer o plano do dia e fornecer informações sobre como a criança está se sentindo. Se disponível, esta é uma ótima oportunidade para fazer parceria com os membros da equipe de tratamento.
• Anote as informações do atendimento. Os quartos dos pacientes geralmente têm um quadro branco para comunicação. Também podem ajudar a manter um caderno para acompanhar as atualizações médicas e dos cuidados.