Problemas na coluna vertebral dos sobreviventes de câncer pediátrico

Alguns tratamentos de câncer podem fazer com que a coluna vertebral se curve de forma anormal.

A escoliose e a cifose são duas condições da coluna que podem ocorrer. Ambas podem ser tratadas.

Escoliose

A escoliose ocorre quando a coluna gira para o lado.

Uma coluna saudável aparece como uma linha reta quando vista por trás. Na escoliose, a coluna vertebral forma curvas como a letra "S" ou "C".

O diagnóstico de escoliose é feito quando o raio-X mostra uma curvatura lateral da coluna de 10 graus ou mais.

Os sinais são:

• Escápulas irregulares
• Quadris irregulares
• Cintura irregular
• Inclinação das costas para um lado
• Cabeça não alinhada sobre os ossos do quadril
• Uma perna mais longa do que a outra

Causas e fatores de risco para a escoliose após o tratamento do câncer infantojuvenil

A escoliose acomete muitos jovens, especialmente adolescentes. Muitas vezes, a causa é desconhecida.

Pacientes que receberam certos tipos de radioterapia têm maior risco de desenvolvimento desigual dos músculos, ossos e tecidos moles das costas.

Entre os sobreviventes de câncer infantojuvenil, estão em risco de desenvolver escoliose aqueles que tiveram:

• Um tumor na coluna vertebral ou próximo a ela
• Cirurgia envolvendo coluna vertebral ou tórax. Isso não inclui a inserção de um cateter venoso central.
• Radioterapia no tronco ou em qualquer área abaixo dos ombros até a pelve. A radioterapia pode levar ao desenvolvimento irregular dos músculos, ossos e tecidos moles das costas. O risco aumenta quando:
  • A dose foi de 20 Gy ou mais
  • A área de tratamento com radioterapia foi em uma das metades do tórax ou do abdômen
  • Houve também cirurgia no tórax, abdome ou coluna vertebral

Causas e fatores de risco para a cifose após o tratamento do câncer infantojuvenil

As pessoas em risco de cifose incluem aquelas que tiveram:

• Um tumor na coluna vertebral ou próximo a ela
• Cirurgia na coluna, no tórax ou na parte superior do abdômen (não incluindo a inserção de um cateter venoso central)
• Radioterapia no tórax ou na parte superior do abdome, especialmente em doses de 20 Gy ou mais.
  • A radioterapia pode fazer com que os ligamentos da coluna se estiquem, aumentando a curvatura natural da coluna.
  • A radioterapia pode fazer com que os ligamentos da coluna se estiquem, aumentando a curvatura natural da coluna.

Tratamentos para escoliose e cifose

Pacientes diagnosticados com escoliose ou cifose são geralmente encaminhados a um ortopedista especialista.

O tratamento para ambos os quadros clínicos é normalmente manejado em estágios:

• Observação. A curvatura será acompanhada de perto, especialmente durante a puberdade e outros períodos de crescimento acelerado. Se a curva não piorar, a observação pode ser suficiente.
• Colete Se a curvatura progredir, o próximo passo geralmente é o uso de um colete de plástico. Pode ser usado por baixo da roupa para evitar que a curvatura piore ou para ajudar a corrigi-la.
• Cirurgia. Isso é feito em casos graves que não podem ser controlados apenas com observação ou uso de colete.

O que os sobreviventes podem fazer em relação aos problemas na coluna

Conheça seus riscos e monitore sua saúde

• Conheça o risco de desenvolver problemas na coluna vertebral. Pergunte ao médico se você recebeu tratamentos que aumentam o risco de complicações da coluna vertebral.
• Compartilhe uma cópia do plano de cuidados do sobrevivente com os profissionais de saúde. O plano inclui detalhes sobre o seu tratamento de câncer, incluindo transfusões de sangue, além de informações sobre problemas de saúde que podem ocorrer em decorrência do tratamento.

Exames para problemas na coluna vertebral

• Faça consultas regulares que incluam a avaliação de possíveis problemas na coluna. A escoliose e a cifose podem ser encontradas durante um exame físico. Uma radiografia pode confirmar o diagnóstico.
• Fale com o médico se houver preocupação com a curva da sua coluna vertebral.

Para mais informações, acesse o link de saúde sobre escoliose e cifose do children’s oncology group (grupo oncológico infantojuvenil).