Vacina para HPV para sobreviventes de câncer infantil

Fato: A vacina contra HPV é uma das vacinas mais seguras no mercado.

De acordo com o National Cancer Institute, nenhum efeito colateral grave foi observado com as vacinas contra o HPV. Os problemas mais comuns são semelhantes àqueles apresentados com outras vacinas — dor, sensibilidade, vermelhidão ou inchaço no local da injeção. Também pode ocorrer dores de cabeça.

Por lei, a Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) determina que qualquer vacina deve ser segura e eficaz antes de ser licenciada e usada.

O CDC e a FDA estão monitorando continuamente a segurança de todas as vacinas no mercado para garantir que nenhum efeito colateral novo ou de início tardio estejam ocorrendo na população. O Sistema de relato de eventos adversos de vacinas (Vaccine Adverse Event Reporting System, VAERS) captura informações relativas a reações às vacinas. Entre em contato com o profissional de saúde e use o formulário on-line ou faça o download dele para relatar uma reação.

As pessoas que estão atualmente doentes devem esperar até a infecção desaparecer e não apresentem febre por, pelo menos, 24 horas antes de receber a vacina.

Mulheres grávidas não devem receber a vacina pois ela não foi suficientemente testada durante a gestação. Qualquer pessoa com alergia grave à levedura ou alumínio não deve receber a vacina. Reações alérgicas à vacina podem incluir urticária, dificuldades respiratórias e fraqueza. Outras reações à vacina que podem precisar de atenção médica imediata seria febre alta ou alterações comportamentais.

Os efeitos colaterais mais comuns são tontura, desmaio, dores de cabeça, náusea e febre. Além disso, dor, vermelhidão e inchaço no braço onde a injeção foi dada foram relatados.

Como desmaio pode estar associado a qualquer vacina, é recomendado que o paciente vacinado fique sentado ou deitado por até 15 minutos após a vacinação.

Fato: A vacina está disponível desde junho de 2006. Estudos e monitoramento contínuos da vacina mostram apenas efeitos colaterais e efeitos tardios raros.

Mais de 100 milhões de doses da vacina contra HPV foram distribuídas nos Estados Unidos de junho de 2006 até dezembro de 2017. Em um estudo de acompanhamento por 10 anos, a vacina mostrou-se extremamente segura. Vários estudos adicionais investigaram possíveis associações com inúmeras doenças autoimunes, como a esclerose múltipla (EM), síndrome de Guillian-Barré, síndrome postural ortostática taquicardizante (PoTS), síndrome de dor regional complexa (SDRC) e síndrome de fadiga crônica e não observaram risco aumentado para aqueles que recebem a vacina contra HPV.

Para mais informações, leia o artigo de 2020 do New England Journal of Medicine sobre Vacinação contra HPV e o risco de câncer no cervical invasivo.

Fato: Não há um aumento do risco de morte após a vacina contra HPV.

O CDC e o Vaccine Safety Datalink conduziram estudos para a investigação do relato de mortes após a vacina contra HPV. A maioria das mortes após a vacina foram confirmadas como não relacionadas à vacina (por exemplo, acidentes, suicídio etc.) e que não há evidências que sugira que a vacina contra HPV cause morte.

Fato: Homens também podem ter cânceres relacionados ao HPV e também precisam da vacina.

Cerca de 20.000 homens têm cânceres causados pelo HPV todos os anos nos EUA. Isso reflete 43% de todos os casos de câncer relacionado ao HPV. Esses números estão aumentando entre homens adultos jovens. O câncer relacionado ao HPV mais comum em homens é o câncer orofaríngeo (garganta), mas homens também podem ter cânceres de ânus, reto, boca e pênis. E diferente do câncer no colo do útero nas mulheres, esses cânceres não têm exames de triagem de rotina para eles. Isso significa que eles são frequentemente detectados em estágios avançados, quando o câncer se torna mais difícil de tratar.

Homens também contraem e transmitem os tipos de HPV (tipos 6 e 11) que causam verrugas genitais.

Homens podem transmitir o HPV para o(a) parceiro(a), mesmo que não apresentem sinais ou sintomas do HPV.

Para mais informações sobre cânceres associados ao HPV, visite o U.S. Cancer Statistics Data Brief do CDC sobre o tema.

Fato: A vacina é mais eficaz quando administrada antes do início das atividades sexuais.

As vacinas contra HPV oferecem a melhor proteção para meninos e meninas que completem a série de imunizações e têm tempo para desenvolver uma resposta imunológica forte bem antes de iniciarem as atividades sexuais com outra pessoa.

A vacinação antes as atividades sexuais oferecem a correlação mais forte para a prevenção. A maioria das novas infecções são encontradas entre aqueles que iniciaram as atividades sexuais recentemente. É importante lembrar que a atividade sexual pode significar várias coisas. Até mesmo usar as mãos para explorar áreas genitais podem resultar na transmissão — mas a penetração tem sido consistentemente considerada a fonte da maioria das transmissões.

Fato: As doses são exatamente iguais.

Não importa o sexo do paciente ou o momento que um paciente recebe uma dose da vacina, as doses são iguais.

Fato: Evidências clínicas não encontraram conexões entre o aumento da atividade sexual e a vacina contra HPV.

Diversos estudos respeitados observaram atentamente este problema. Todos eles concluíram que a vacina contra HPV não tem nenhum efeito no comportamento sexual e não deve impedir os pais de vacinarem as crianças.

Fato: A vacina contra HPV está no cronograma do CDC de vacinas recomendadas.

O fato de as escolas não exigirem a vacina, não quer dizer que ela não seja necessária. O CDC recomenda a vacinação contra HPV. É importante receber a vacina entre os 11 e 12 anos, se possível, ou assim que possível.

Fato: Não há necessidade de discutir detalhes com as crianças quando elas forem receber a vacina.

Como com outras vacinas como a hepatite b (Hep B), a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dTpa (tétano, difteria e coqueluche, também conhecida como tosse comprida), informe as crianças de que as doses estão sendo administradas para mantê-las saudáveis e, no caso de HPV, livres de preocupações com cânceres causados por HPV.

Fato: Os estudos não encontraram evidências de ligação entre problemas de fertilidade e a vacina.

Os estudos do CDC analisaram especificamente a amenorreia (quando uma mulher em idade fértil não menstrua) e a insuficiência ovariana primária (menopausa prematura). Não há diferença nas taxas de amenorreia entre mulheres que receberam a vacina contra HPV e aquelas não receberam. Entre 2009 e 2015, mais de 60 milhões de doses de Gardasil foram distribuídas para uso nos Estados Unidos. Durante esse período, o Sistema de relato de eventos adversos de vacina (Vaccine Adverse Event Reporting System, VAERS) recebeu 17 relatos de insuficiência ovariana primária. Quinze relatos foram considerados como informação de segunda mão, pois não forneciam informações suficientes para confirmar o diagnóstico. Dois relatos foram de médicos. 

Fato: Nenhuma correlação mostrou que a vacina causa câncer. Pelo contrário, ela previne câncer.

A série de vacinas previne a infecção dos tipos de HPV que mais causam seis tipos de câncer afetando homens e mulheres.